Uma audiência realizada na última sexta-feira (22), no Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT), encerrou com êxito as negociações do acordo coletivo de trabalho para 2024 entre a Energisa Mato Grosso e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Mato Grosso (STIU-MT). O acordo estabelece os critérios e condições do Programa de Participação nos Resultados (PPR) dos empregados da concessionária.
Conduzida de forma híbrida, presencialmente na sede do TRT e por videoconferência, a audiência foi presidida pelo vice-presidente do Tribunal, desembargador Aguimar Peixoto. Representantes do sindicato compareceram ao prédio do TRT, enquanto os representantes da Energisa participaram virtualmente.
O desembargador destacou o papel essencial da postura colaborativa durante as negociações. “O diálogo e a cooperação são sempre os melhores caminhos para alcançar soluções justas e consensuais que beneficiem a todos”, afirmou. Ao final da audiência, o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT/MT), Danilo Vasconcelos, também parabenizou as partes pelo acordo. “Tudo em benefício dos trabalhadores e do bom andamento das atividades da empresa”, ressaltou.
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Rodadas de negociação
As negociações em torno da Participação nos Resultados para 2024 tiveram início em março deste ano, com a formação de uma comissão conjunta entre a Energisa e o STIU-MT. Após diversas reuniões sem consenso, os trabalhadores anunciaram uma paralisação para 13 de setembro. Na véspera, a empresa ajuizou um dissídio coletivo no TRT, solicitando a suspensão da greve. A liminar foi deferida pelo desembargador Aguimar Peixoto, considerando que as negociações ainda estavam em curso.
Uma das etapas decisivas ocorreu no TRT em 19 de setembro, data de audiência também conduzida pelo desembargador Aguimar, que durou mais de três horas. A sessão foi transmitida ao vivo pelo YouTube, alcançando cerca de 1.700 visualizações. Na ocasião, após intensas negociações foi articulada a base do acordo que agora foi homologado.
O encerramento das negociações, segundo o vice-presidente do TRT, reforça a importância do diálogo social na resolução de conflitos e destaca o compromisso das partes.