A foto do presidente Lula (PT) ao lado de Donald Trump, durante a visita à Malásia no domingo (26), foi interpretada no entorno de Jair Bolsonaro (PL) como uma derrota política, conforme informações do blog da Andréia Sadi, do G1.
Embora aliados de Bolsonaro tenham tentado, em público, minimizar o impacto da imagem e destacar apenas a menção de Trump ao ex-presidente, a avaliação interna foi de constrangimento.
No Planalto, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), articulador do “tarifaço” que motivou o encontro entre os dois líderes, também passou a ser tratado ironicamente como um “cabo eleitoral” de Lula.
Segundo um interlocutor próximo ao ex-capitão, o petista teria assumido o papel de interlocutor político com Trump, posição que até então era ocupada pelo “Bananinha”.
O episódio reforçou, entre aliados, o sentimento de que Lula conseguiu se reposicionar internacionalmente após o endurecimento comercial imposto por Trump ao Brasil, enquanto Eduardo ficou associado a uma estratégia que acabou beneficiando o governo petista.
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Tarcísio fora do jogo
Setores da direita mais pragmática lamentaram o fato de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não ter se colocado como mediador nas discussões com os norte-americanos após o anúncio das tarifas. Essa possibilidade, no entanto, foi rechaçada pelo próprio Eduardo Bolsonaro, que classificou o diálogo do governador com empresários como “subserviência servil às elites”.
No Palácio do Planalto, a leitura é de que o encontro entre Lula e Trump consolida o presidente brasileiro como liderança nas negociações bilaterais e reforça a imagem de que o petista estaria reparando o desgaste diplomático causado pela extrema-direita.
Uma fonte do governo resumiu a avaliação de forma direta: Lula conseguiu se colocar como interlocutor confiável, enquanto Trump busca uma forma de rever as tarifas que prejudicam os consumidores norte-americanos, especialmente em produtos como café e carne, sem admitir um recuo político.























