Não é novidade que o período de fim de ano sempre muda o comportamento dos consumidores. A pesquisa que ajuda a revelar isso é a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os dados de outubro trouxeram mais um aumento nos seus índices, fazendo com que a pesquisa atingisse 107,1 pontos e anotasse a quarta alta consecutiva.
A elevação no período já soma 3,18% quando comparada a junho deste ano, quando registrava 103,8 pontos. Apesar das recentes melhoras, a movimentação por parte das famílias está menos intensa no comparativo com outubro do ano passado, uma vez que a pontuação atual está 8,9% menor – à época, registrava 117,3 pontos.
O presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, destacou o bom momento vivido na capital, mas ainda demonstrou preocupação com o cenário nacional. “O aumento observado no ICF em Cuiabá indica uma sequência de altas, com uma melhora gradual na confiança das famílias, impulsionada por expectativas mais positivas em relação ao consumo e ao emprego. Assim, o ritmo é moderado diante das limitações impostas pelo cenário econômico”.
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Entre os subíndices que registraram alta no mês, destacaram-se Compra a prazo (+5,7%), Perspectiva profissional (+4,2%) e Nível de consumo atual (+3,4%). Os demais apresentaram variação negativa, especialmente Emprego atual (-4,2%) e Renda atual (-2,9%).
Em relação à situação atual do emprego, 49,3% dos respondentes acreditam estar mais seguros atualmente em comparação ao mesmo período de 2024. Quanto à perspectiva profissional, 57,3% esperam alguma melhora nos próximos seis meses. Em relação à renda atual, 52,4% afirmaram possuir uma renda familiar melhor que a de outubro do ano passado.
Sobre a situação atual de crédito, a proporção das famílias que disseram estar mais difícil obter empréstimo/crédito para compras está em 39,3%, maior do que os 34,3% que consideraram estar mais fácil. Acerca do nível de consumo atual, a maioria das famílias (50,7%) reduziu a quantidade de compras, enquanto apenas 34,8% afirmaram estar consumindo mais.
Sobre o quadro geral, Wenceslau Júnior afirmou:
“Embora a percepção de maior segurança no emprego e o otimismo quanto à melhora profissional sustentem o índice este mês, o fato de metade das famílias ter reduzido o volume de compras mostra que a confiança ainda não se converteu plenamente em consumo, revelando um cenário de cautela”.























