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VALOR MENSAL

Preço da cesta básica recua e novembro fecha com menor média de 2025

Os números reforçam um movimento que merece atenção, especialmente pelo impacto direto na inflação e no orçamento das famílias
Supermercado - Marcos Oliveira/Agência Senado

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Pela quarta semana consecutiva, a cesta básica registrou recuo em Cuiabá. Com isso, a lista de mantimentos encerrou o mês de novembro com preço médio de R$ 777,12, o que contribuiu para reduzir o valor mensal do produto para R$ 783,93, o menor de 2025. Quando comparado ao mesmo período do ano passado, o conjunto de itens ficou 4,56% abaixo do registrado em novembro de 2024, quando custava R$ 814,25.

O presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, destacou que os números de novembro revelam sinais importantes sobre o comportamento dos preços na capital. “O fato de a média de novembro estar abaixo da registrada em 2024 indica uma mudança no comportamento dos preços, possivelmente resultado da melhora na oferta – especialmente de hortifrutigranjeiros. Esse movimento tende a favorecer o poder de compra das famílias, mesmo com a persistência de preços elevados em alguns itens essenciais”.

A variação semanal da cesta foi de -0,66%, influenciada, principalmente, pela forte queda no preço do tomate, que caiu 13,85% na última semana do mês, atingindo um preço médio de R$ 4,19/kg. O item também está 19,51% mais barato no comparativo anual.

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O recuo – observado pela quarta semana consecutiva – pode estar relacionado às condições climáticas da safra de verão, visto que o volume de chuvas, aliado às altas temperaturas, acelera o processo de maturação do fruto, elevando a quantidade disponível nos mercados.

O açúcar também diminuiu de preço, desta vez para R$ 1,97/kg, uma redução de 2,57% na variação semanal. Já em comparação a 2024, o preço atual está 47,73% menor. Segundo informações do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), os bons resultados da recente safra, aliados ao alto volume de estoque excedente, têm ocasionado a redução nos preços, uma vez que a demanda atual está inferior à oferta.

Em contrapartida, o arroz subiu 2,08% na semana, chegando a R$ 4,82/kg. Mesmo com a produção do cereal em alta, boas safras e estoque excedente, o produto sofreu aumento, o que pode estar relacionado ao ajuste de preço mercadológico. No entanto, o valor atual segue 33,20% mais baixo se comparado ao mesmo período do ano passado.

Ainda segundo Wenceslau Júnior, os números reforçam um movimento que merece atenção, especialmente pelo impacto direto na inflação e no orçamento das famílias. “Essa baixa no valor da cesta básica em Cuiabá aponta para uma tendência no custo de vida relacionada ao processo inflacionário, no qual os alimentos deixam de ser os principais responsáveis pelas altas de preços”.

O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF em Mato Grosso, é presidido pelo empresário Wenceslau Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), presidida por José Roberto Tadros.

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