TRATA BRASIL

Várzea Grande está entre as 8 cidades com piores serviços de saneamento do Brasil

Cidade industrial mato-grossense foi a que menos investiu em saneamento básico em 2022, segundo levantamento do Instituto Trata Brasil
Prefeito Kalil Baracat: piores índices de saneamento do Brasil

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Um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil constatou que a cidade de Várzea Grande (MT) está entre as 8 piores cidades do País no quesito serviço de fornecimento de água tratada e coleta de esgoto.

O levantamento que analisou as 100 cidades mais populosas do País também mostra que VG foi a cidade, entre as pesquisadas, que menos investiu em saneamento básico.

O ranking do Trata Brasil considera indicadores como acesso e eficiência do serviço, desperdício de água pelo sistema e investimentos no setor, usando como referência dados de 2022.

Na contramão de VG, o levantamento mostra que Cuiabá está entre as três cidades que mais investiram em saneamento básico no mesmo período.

O levantamento mostra que 15 das 20 mais bem avaliadas no acesso a água, coleta e tratamento de esgoto, com base nos padrões do Novo Marco Legal do Saneamento Básico, estão em São Paulo e no Paraná.

Mais de 32 mi de brasileiros sem água potável

Níveis de coleta e tratamento de esgoto evoluíram pouco no último ano, na média geral. De acordo com os dados, 56% da população tem acesso a coleta de esgoto, um aumento de 0,2 ponto percentual. O tratamento de esgoto cresceu 1 ponto percentual, de 51,2% para 52,2%.

A falta de acesso a água potável atinge 32 milhões de brasileiros. Mais de 90 milhões não têm acesso a coleta de esgoto.

Os dados indicam que 22 municípios têm 100% da sua água tratada. Outros 18 têm mais de 99%, cumprindo, portanto, o Novo Marco Legal do Saneamento Básico.

Cidades grandes têm indicadores melhores que a média nacional. A média de atendimento de água no grupo das cem maiores cidades é de 94,92%, acima dos 84,92% da média nacional.

Cidades investem de R$ 26 a R$ 693 per capita

Outra disparidade que se destaca é nos investimentos em saneamento. O valor médio anual por habitante investido foi de R$ 201,47 entre os melhores municípios, e de apenas R$ 73,85 entre os piores.

Extremos revelam desigualdade ainda maior. A cidade que mais investiu gastou R$ 693,01 por habitante, enquanto a que menos investiu gastou só R$ 25,91.

O Plano Nacional de Saneamento Básico considera ideal o investimento anual de R$ 231,09 por habitante. Só dez municípios da lista investem acima disso.

Quem investiu mais :

Praia Grande (SP): R$ 693,01
Santo André (SP): R$ 628,07
Cuiabá: R$ 472,42

Quem investiu menos:

Várzea Grande (MT): R$ 25,91
São Gonçalo (RJ): R$ 29,44
Rio Branco: R$ 30,02

Os piores municípios, dentre os cem mais populosos, são:

100º – Macapá
99º – Santarém (PA)
98º – Rio Branco
97º – Belford Roxo (RJ)
96º – Duque de Caxias (RJ)
95º – São Gonçalo (RJ)
94º – Belém
93º – Várzea Grande (MT)
92º – Juazeiro do Norte (CE)
91º – Ananindeua (PA).

(Com informações do UOL)

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