COMBATE AO FOGO

Presidente do TCE-MT assina protocolo e defende integração para combater incêndios florestais

Ao destacar o impacto dos incêndios criminosos nas mudanças climáticas, o presidente endossou o endurecimento da fiscalização, da aplicação e do pagamento de multas

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O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, defendeu a integração entre estado, municípios e iniciativa privada para reverter o cenário dos incêndios florestais. A questão foi abordada nesta quinta-feira (25), durante a assinatura de protocolo de intenções para a intensificação das ações de combate ao fogo.

Inédito, o documento estabelece cooperação mútua entre o TCE-MT, as Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Segurança Pública (Sesp), Corpo de Bombeiros, Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e a Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), visando o fortalecimento do preparo, prevenção e resposta aos focos de calor, que já chegam a 3.929 neste ano em Mato Grosso.

“O Tribunal está nesse processo porque conversa diretamente com todos os prefeitos, então, nós vamos solicitar que eles se movimentem. Este é um pedido de socorro para que todos se unam, porque senão, cada vez mais teremos prejuízos para Mato Grosso e para o produtor”, afirmou Sérgio Ricardo.

Ao destacar o impacto dos incêndios criminosos nas mudanças climáticas, o presidente endossou o endurecimento da fiscalização, da aplicação e do pagamento de multas. “Se não houver essa punição, o poder público fica trabalhando, tentando prevenir, e uma parte da população segue descumprindo as normas, colocando fogo.”

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Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
Ilustração
Protocolo considera extenção do estado. Clique aquipara ampliar

Entre as ações previstas no protocolo está a criação de Salas de Monitoramento de Incêndios Florestais pelas prefeituras, que também deverão contratar brigadistas municipais por um período de quatro meses. A capacitação destes profissionais ficará sob a responsabilidade do Corpo de Bombeiros.

“Se unirmos prefeituras, estado e setor produtivo, vamos conseguir dar muito mais dinamismo às ações de combate. Não dá para a responsabilidade de todo trabalho, que se inicia na prevenção, no banco escolar, e vai até o combate propriamente dito, ser apenas do Corpo de Bombeiros”, afirma o presidente da AMM, Leonardo Bortolin.

Bortolin citou o papel do setor agropecuário na iniciativa. “A ideia é sensibilizarmos também o produtor, que pode ajudar seja com avião, seja com pá carregadeira, com motoniveladora. Já a prefeitura pode encaminhar um caminhão pipa, por exemplo. Com esse trabalho integrado, tenho certeza de que teremos redução das queimadas.”

A questão foi reforçada pelo comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro Borges Ferreira. “O objetivo é fazer um trabalho na ponta, aumentando nosso alcance dentro do estado, que é muito grande. Toda prefeitura tem também a sua responsabilidade nesse processo, por meio das secretarias de Meio Ambiente.”

Segundo o coronel, entre os meses de julho e outubro a estiagem e o tempo seco serão intensificados o que aumenta a ameaça de incêndios nos três biomas do estado. Por esse motivo, desde já está proibido o uso do fogo. “No Cerrado e na Amazônia a proibição vai até novembro, e no Pantanal, até dezembro”, acrescentou.

O Diretor Administrativo e Financeiro da Famato, Robson Marques, disse que “esta iniciativa representa um esforço conjunto das instituições envolvidas para mitigar os impactos dos incêndios florestais, que ano a ano assolam o estado de Mato Grosso, causando danos ao meio ambiente, à produção agropecuária do nosso estado e colocando em risco a vida de pessoas e animais. Anualmente, orientamos os produtores rurais a adotarem medidas de prevenção aos incêndios, buscando preservar nossos recursos naturais e garantir a segurança de todos.”

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