SESSÃO DA CÂMARA

Jeferson acusa Abilio de nepotismo e prefeito se retira de sessão; veja vídeo

A acusação gerou uma rusga e o discurso do líder da bancada do PSD foi interrompido pela presidente da Câmara Paula Calil (PL)
Jeferson acusa Abilio de nepotismo

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Durante a sessão inaugural da Câmara Municipal de Cuiabá, o vereador Jeferson Siqueira (PSD) acusou o prefeito Abilio Brunini (PL) de fazer um governo nepotista e contratar familiares de vereadores na prefeitura. A acusação gerou uma rusga e o discurso do líder da bancada do PSD foi interrompido pela presidente da Câmara Paula Calil (PL). Abilio chegou a se levantar e se retirar do local durante o discurso.

“Confesso que me preparei para esse discurso em dezembro, mas depois de analisar os primeiros 30 dias da gestão, decidi mudar o meu discurso. Prefeito, a cada ação que o senhor tem feito, percebo a distância do seu discurso, que o tornou prefeito de Cuiabá, nas implementações de políticas públicas, que o senhor vem fazendo. A primeira delas, eu queria destacar o que é uma gestão nepotista e como ela pode ser comprometedora para toda uma cidade e para aqueles que realmente confiaram seus votos para vereadores e prefeitos”, iniciou o discurso.

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Em seguida, Jeferson afirmou que o prefeito havia dito, várias vezes, durante sua campanha, que não iria contratar familiares de vereadores. “O nepotismo é o favorecimento de familiares a amigos na concessão de cargos públicos. E o que eu tenho visto hoje, acompanhando no Diário Oficial são vários e vários familiares de vereadores sendo acolhidos pela sua gestão”, acusou.

Abilio interrompeu o discurso e perguntou quais familiares seriam esses, ao que Jeferson respondeu que diria quais e emendou: “Mas o senhor não vai dar tom para o meu discurso, eu ouvi o senhor falando e agora o senhor vai me ouvir”. Neste momento, a presidente Paula Calil interrompeu a fala do parlamentar: “Vereador Jeferson, por gentileza, hoje a Mesa veio trazer a mensagem para o exercício de 2025 e eu gostaria que o senhor se atentasse a isso”, pontuou.

Jeferson se defendeu em seguida: “O discurso é meu. Eu disse para a senhora. Se essa casa não for subserviente ao prefeito, a senhora tem o meu apoio total, agora a senhora querer defender o prefeito. Peço que volte o meu tempo [no cronômetro] porque é direito meu, em um discurso que é meu”, afirmou. O tempo de cada líder de bancada estava sendo cronometrado e o discurso não poderia passar de 5 minutos. Jeferson continuou a se defender em seguida.

“E o meu direito a expressão? E a minha imunidade parlamentar? Eu não posso falar? Volte o meu tempo por gentileza, estou aguardando. Eu escutei ele atentamente quando ele falou. Agora quando a gente vai falar, ele se levanta e se retira”, disse o vereador, logo após Abilio levantar, passar atrás dele e se retirar do local.

“Será que essa gestão está realmente comprometida a discutir com essa Casa? Toda vez que você discordar, você não vai ser ouvido. Toda vez que você levantar um ponto chave, que é determinante para uma gestão eficiente… O nepotismo tira a eficiência, tira a justiça e a competência da meritrocacia”, pontuou.

Em seguida, atacou a medida de Abilio de proibir as entregas de marmitas a população em situação de rua, afirmando que o veto é desumano. Também afirmou que está esperando o pagamento do auxílio emergencial. “Fala muito e está fazendo pouco. Para quem disse que o problema de Cuiabá era falta de gestão e não era dinheiro.. deveríamos ter ações efetivas e não no celular e no Instagram, fazendo vídeos para ter likes”, concluiu.

Abilio retornou à sessão após o discurso de Jeferson. No encerramento da sessão, ele pediu a palavra e afirmou que trocou de lugar: “Antes eu era pedra e agora eu sou vidraça. Então é natural que esses embates aconteçam. Vamos aceitar as críticas, buscar a correção dos nossos problemas. Não me sinto ofendido nem preocupado em relação a situação que aconteceu aqui, já vi situações piores”, disse.

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